segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Burocracia com nome e sobrenome


     Então galera, sei que fiquei meio ausente nos últimos dias. Quero pedir desculpa, mas é que estou numa correria gigante aqui...
     E também nem tenho internautas fiéis que acessam meu blog diariamente pra saber se eu postei coisa nova ou não, então tá tudo certo.
     A minha postagem de hoje está um pouco atrasada... na verdade está uma semana atrasada, mas mesmo assim vou contar a história.
     Tudo mundo já está cansado de ouvir, e também de falar, que a burocracia, principalmente no Brasil, é extremamente lenta. São muitos papéis para assinar, demora nos processos de se conseguir seja lá o que for...
     No meu caso a burocracia não era uma papelada enorme em cima da mesa, mas sim o horário de almoço de uma pessoa.
     Ta, tudo bem, todo mundo tem direito a um horário de almoço, mas antes de entrar nesse detalhe, vou contar o que aconteceu.
     Ganhei meu presente de fim de faculdade adiantado, um mês adiantado, o que foi bem legal. Meu presente foi uma câmera fotográfica semi-profissional, o que é extremamente necessário tanto para o meu trabalho quanto para eu terminar os TCCs (valeu pai!).
     Obviamente comprei ela no Paraguai, porque lá é bem mais barato do que aqui. Só que não está liberada a entrada de câmeras fotográficas paraguaias no Brasil sem pagar imposto. Então quando eu passei pela Receita Federal decidi fazer a coisa certa e declarar a máquina, diferente da maioria da galera, que passa por lá sem declarar nada.
     Mas eu decidi declarar, não só por ser a coisa certa a fazer, mas também porque quero viajar com a máquina e não quero ter dores de cabeça futuras.
     Parei na Receita, eles nos deram um boleto para pagarmos e ficaram com a máquina guardada com eles. Fomos até Mundo Novo pagar, porque é mais rápido. Fomos no galeto pra fazer tudo o quanto antes possível. Pagamos, voltamos pra Receita loucos pra ir pra casa.
     Qual a minha surpresa quando chego lá? A declaração só é autorizada na presença do auditor fiscal, o que é certo. Só que o auditor fiscal, o único que trabalha lá, estava no horário de almoço e iria demorar 45 minutos pra voltar. Nós, loucos pra ir embora, tivemos que ficar esperando até o cara voltar. O pior é que o cara se atrasou, levou uma hora para chegar.
     Eu acho certo as pessoas terem horário de almoço, todo mundo merece comer. Mas uma Receita Federal, na divisa entre Brasil e Paraguai, centro das muambas, só tem um auditor fiscal, e quando ele sai o lugar fica uma hora e meia sem ninguém para assinar os registros? Isso é muita sacanagem. Fiquei de cara. E outra, porque o policial não me avisou antes que o cara tava fora e iria demorar? Eu teria ido com mais calma pra Mundo Novo, teria tomado um sorvetinho... heheh
     No fim deu tudo certo, depois de eu ter passado uma hora na Receita Federal vendo os carros carregados de muamba serem parados pela policia, consegui a minha câmera de volta e fiquei suuuper feliz.
     O mais legal disso tudo (além de eu ter ganho a máquina, claro), foi ver a manha que os policiais tem pra saber onde as coisas estão escondidas. Cara, cada coisa que eles achavam nos carros... Tanto pneu um dentro do outro, tantos dvd escondidos que foram jogados no lixo... hehhe Essa parte até que foi divertida.
     A foto lá em cima é meio clichê, eu sei, mas foi tirada lá dentro do Paraguai enquanto eu testava a câmera.
     Galera, se gostaram comentem, se não gostaram, comentem também hehehe. E lembrem-se sempre: cliquem nas pps. Beijos

sábado, 16 de outubro de 2010

Espaço no tempo




     Cada vez mais o homem tenta aproveitar o máximo do tempo que possui. Construímos e adquirimos máquinas para fazer com maior rapidez desde a tarefa mais simples até as mais complicadas.
      Hoje vamos entrar no horário de verão, nessa passagem devemos adiantar o relógio em uma hora. É uma hora que perdemos no dia, ou na noite. Essa tentativa de aproveitar cada minuto da vida, unida com essa gora que desaparece do nosso relógio me faz pensar. Para onde vão as horas perdidas no processo de mudança de horários?
      Pergunto-me se essa hora vai para um espaço paralelo, o espaço da horas, e lá ela espera, programada, até o momento de acontecer.
      Não podemos mudar nosso destino, ele já está traçado. Essa uma hora, que aguarda ansiosa no submundo do tempo o momento de voltar para o nosso mundo, já está traçada, ela carrega consigo os acontecimentos pré-programados para aquela hora. Assim, quando retorna, nos devolve o que deixamos de viver.
      Partindo desse pressuposto, espero que, na transição de horários, minha hora esteja programada para viver uma festa!!!


Ps: lembrem-se de clicar nas pps.... beijos

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Chá Inglês


     Estou sem inspiração para postar. Como passei a semana toda praticamente só em casa trabalhando, não presenciei nenhuma situação que me inspirasse a fazer um post.
     Hoje estava assistindo televisão, fazendo meu artigo e pensei em chá inglês. Lembrei que os ingleses tomam chá com leite. Sempre achei isso beeem estranho. Mas tinha muita curiosidade de experimentar.
     Resolvi procurar a receita na internet, e não é que encontrei.
     Encontrei a receita do chá inglês no blog http://www.garotadorio.wordpress.com/. Não sei quem é a autora, mas parece que ela morou na Inglaterra e lá aprendeu a fazer o famoso chá com leite. A receita que ela passa é bem explicadinha e inclui frescuras como esquentar o bule com água quente, jogar essa água fora e usar outra água pra fazer o chá. Eu acredito que esse passo, caso ignorado, não vá mudar o sabor do chá, só altera a temperatura.
     Então, depois de ler a receita, decidi fazer o tal chá com leite. E não é que ficou bom. Ta, eu não tenho esse chá inglês que é sugerido na receita. Fiz com chá mate natural, mas garanto, ficou bom.
     A receitinha está ai em baixo... enjoy!

Passo a passo do chá Inglês:

1) Esquente o Bule: ferva agua e ponha no bule. Guarde o bule no microondas ou no forno. 

2) Ferva outra panela de àgua. Jogue a primeira água do bule fora e coloque a nova panela de água dentro

3) Coloque o chá (solto ou em saquinhos no Bule). NÃO MEXA O CHÁ. NUNCA, NEVER EVER! Deixe formar o “brew” por no mínimo 2 minutos. Quanto mais tempo mais forte o chá (e melhor na minha opinião). 

4) Na caneca coloque 1 dedo de leite frio (não precisa esquentar o leite). Depois despeje o chá sobre o leite. Nunca faça o inverso (colocar leite no chá), porque o chá vai esquentar o leite e o leite vai dar aquele gosto de lactose no chá. O certo é o leite esfriar o chá (entendeu a explicação científica?)

5) Adoce com açucar, mas ponha pouco, vc vai ver que com o leite você quase não precisa de açucar
Se for fazer o chá direto na caneca, faça tudo igual, mas direto na caneca. O ruim de fazer direto na caneca é quando você quiser o repeteco vai ter que fazer tudo de novo…


     Mas, como fazer sem saber o por que não vale, aí vai a histórinha compacta do chá com leite...

     Antes da revolução industrial as canecas de porcelana eram muito caras, por isso os operários tomavam o chá em canecas de barro. Só que o barro, pelo contato com o calor do chá, acabava rachando muito rápido. Para evitar o contato direto do barro com o chá, os operários ingleses começaram a colocar um dedo de leite frio antes, assim o leite resfriava o chá e a caneca não quebrava. Taraaaan... estava feio o chá com leite.
     Depois da revolução industrial as canecas de porcelana ficaram mais baratas, mas aí já estava feita a fama, e o chá com leite já era tradição entre os ingleses.


Ps: me dêem uma ajudinha, cliquem nas pps que tem ai em baixo e ai do lado... valeu! beijos!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

14 anos de memória


    Para o post de hoje deixo apenas uma singela homenagem à Renato Russo. Ele que foi um dos nossos maiores poetas e músicos, sendo comparado a grande nomes do rock internacional.
    Hoje completa-se 14 anos da morte dessa figura tão querida da música nacional. Deixo aqui a letra de uma das minhas músicas preferidas da banda liderada por Renato Russo.

Perfeição

Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso Estado, que não é nação
Celebrar a juventude sem escola
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade.


Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras e seqüestros
Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda hipocrisia e toda afetação
Todo roubo e toda a indiferença
Vamos celebrar epidemias:
É a festa da torcida campeã.


Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar um coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo o que é gratuito e feio
Tudo que é normal
Vamos cantar juntos o Hino Nacional
(A lágrima é verdadeira)
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão.


Vamos festejar a inveja
A intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isso - com festa, velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou esta canção.


Venha, meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão.

Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera -
Nosso futuro recomeça:
Venha, que o que vem é perfeição

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ídolos de vidro



    Certa vez me disseram que uma das coisas mais importantes para a construção do nosso pensamento são as referencias que adquirimos ao longo dos anos. Entre essas referencias estão livros, filmes, conversas, debates, e, é claro, nossos ídolos.
    Estes últimos, na maior parte das vezes, são vistos como deuses, seres intocáveis, que servem como modelo de vida. Podem ser provenientes da música, cinema, novelas, livros, etc. Mas podem ser também seres mais próximos a nós, como colegas, pais, mães, tios. E, porque não, podem ser compostos de entidades como prefeitura, escola e posto de saúde.
    Entre as experiências mais dolorosas para os seres humanos, exclui-se dessa lista os seres que estão previamente preparados para lidar com essa situação, está a desmistificação da figura do ídolo. Ou seja, é de extrema dor para o fã, quando seu ídolo se mostra diferente da imagem construída, principalmente quando o fã é agredido física ou verbalmente pelo ser que tanto idolatra.
    Posso falar isso, pois presenciei o desabafo de uma mulher, que no auge da sua dor, se lamentava pela ruptura da imagem platônica do ídolo.
    Aconteceu em uma pequena cidade do interior do Paraná. Aqui chamaremos de Palestina (sem referencias aos nossos irmãos do Oriente Médio, apenas pela similaridade sonora entre os nomes). Presenciei o choro desesperado de uma senhora, cujo ídolo principal é o prefeito atual e os órgãos públicos por ele coordenados. O choro provocado pela humilhação, pelo desprezo e pelo descaso que seus ídolos atiraram nela sem nenhum ressentimento.
    O choro desconsolado de quem necessita e procura ajuda, porém é desprezado pelas pessoas que mais admira. O choro causado pela indiferença perante a necessidade pública, perante a solidão de quem não tem mais com quem contar.
    Termino esse post com um trecho retirado do livro “O Advogado do Diabo” do escritor australiano Morris West. Recomendo o livro a todos.

    “Não é novidade alguma a gente ser solitário. Isso ocorre com todos nós, mais cedo ou mais tarde. Os amigos morrem, os membros de nossa família morrem. Amantes e maridos também. Ficamos velhos, doentes. A última e maior solidão é a morte, com que agora me defronto. Não existe pílula alguma que a cure. Não existe fórmula mágica que a afaste. É uma condição a que os homens não podem fugir. Se procurarmos afastar-nos dela, acabaremos num inferno ainda mais tenebroso: nós próprios. Mas se a enfrentarmos, se nos lembrarmos de que existem milhões de outras pessoas como nós... se procurarmos estender-lhes a mão e confortá-las, e não a nós próprios, acabamos por ver, no fim, que não estamos mais sozinhos. Estamos no seio de uma nova família, a família humana, cujo pai é Deus Todo-Poderoso...”
Morris West (1959, p. 173-174)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eleições 2010


    Nós brasileiros nos orgulhamos de sermos os criadores da urna eletrônica. Vivemos nos gabando pela segurança que ela representa nas eleições. E o mundo inteiro aplaude nossa capacidade.
     Podemos até não ter políticos decentes, justos e honestos, porém temos a eleição mais segura e rápida do mundo.
     Será?
     O resultado das ultimas eleições me fez pensar a respeito de tanta segurança. Será que ela é mesmo verdadeira?
     Na segunda-feira li em um site noticioso o depoimento da candidata Mulher Pêra. Ela não obteve nenhum voto. Nenhum, ZERO, nada. Achei estranho, afinal de contas, quem seria burro ao ponto de não votar em si mesmo? Resolvi ler a matéria até o final.
     Segundo depoimento da própria candidata, ela, o marido e mais algumas pessoas da família votaram nela, porém os votos simplesmente sumiram.
     Não, não estou apoiando a candidatura dela. Nem faço idéia de quem seja essa pessoa. Porém, o sumiço desses 4 ou 5 votos me fez pensar: “será que foram só esses que sumiram? Será que o meu voto foi contabilizado?”.
     E você, é eleitor? Votou no domingo passado? Se você, assim como eu, também acordou cedo para exercer sua cidadania, um direito nos dado de graça e conquistado por milhares que morreram na mão de ditadores, pense um pouco. Como você se sentiria caso seu voto fosse simplesmente jogado fora?
     Precisamos de uma resposta. Aonde foram parar esses votos? Como nosso sistema de segurança máxima foi violado? Por que motivo? Assim como temos o direito e dever de votar, temos o direito de ter a resposta para isso e eles tem o dever de reparar o erro.